terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Morte de Ivan Ilitch

A Morte de Ivan Ilitch é um romance e é uma obra que retracta a vida de Ivan e a sua agonia diante a sua doença terminal (causada pela sua queda). Este teme a morte pois percebe que a sua vida deveria ter sido mais proveitosa, sincera e menos fútil. Este livro é considerado uma das obras universais pois as suas inquietações e a suas angústias pertencem à vida de qualquer ser humano, acaba por ajudar-nos a reflectir sobre a nossa fragilidade e sobre o momento final que encerra a nossa existência, a morte. É uma autobiografia do autor (Leon Tolstoi).
Como já disse na minha apresentação, não irei fazer um resumo do livro porque irei tirar a sua essência para alguém que o queira ler mas posso pelo menos dar uma ideia.
A narrativa inicia-se num velório, com os pensamentos de todos os seus colegas, de seguida fala do seu casamento com a sua esposa e quando era feliz com esta e com os seus dois filhos. Torna-se um juiz respeitado, sobe de cargo e tem uma oferta para morar noutra cidade, é obrigado a comprar uma nova casa e muda-se sozinho para ela decorando-a a seu gosto para poder estar preparada quando a sua família chegar. Ao decorá-la tem uma queda violenta na escada e magoa-se brutamente na zona do rim, desde aí vê-se deparado com uma doença mortal no rim e para alimentar a má situação as brigas com a sua mulher agravam e começa a usar o seu emprego como refugio, com o passar do tempo, a sua doença piora e impossibilita-o de trabalhar e de desempenhar bem as suas funções, é obrigado a despedir-se, e nos últimos tempos de vida apega-se muito ao seu criado, visto que ele é o único que se dá com Ivan pelo que ele é e não pelo que ele tem, e por fim acaba por morrer.
Ou seja, mal a narrativa se inicia sabemos logo que Ivan morreu e com o seu decorrer é que percebemos pormenorizadamente como é que tal coisa foi acontecendo.
Ivan percebe então que a sua vida quanto mais se encontra afastada da sua infância mais vazia foi ficando e que toda a sua família, emprego e amizades não passavam de uma ilusão, excepto o seu criado, como já antes referi, que teve com ele nos piores momentos de sofrimento. A sua agonia era horrível devido à sua falta de resposta, ao seu medo da morte e principalmente à sua grande vontade de viver.
Na minha opinião, conforme a leitura se aprofunda encaramos na morte da personagem o reflexo da nossa própria existência e os problemas diários em que nos deparamos.
É uma obra bastante interessante e aconselho todos a lerem o livro, porque qualquer pessoa consegue tirar uma pequena lição de como deve ver e lidar com a vida e que por vezes não basta ser-se rico materialmente mas também ser-se rico espiritualmente.

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