quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Oliver Twist

O livro que apresentei "Oliver Twist" de Charles Dickens, retrata muito bem a sociedade e a pobreza extrema que se vivia no século XIX. 
A personagem principal deste livro é Oliver, que é uma criança órfã. O livro é baseado nas aventuras e nas dificuldades que ele passa ao longo da sua infância, mas também as pequenas vitórias que ele vai alcançando.  
Apesar de Oliver ser uma criança que passa por muitas dificuldades, ele tem sempre presente as amizades que ele faz no orfanato, em especial a amizade que estabeleceu com o Ricardo porque, apesar de se terem afastado e da vida do pequeno Oliver ter tido grandes mudanças, o que é facto é que quando o este se encontra bem na vida, ele não se esquece do amigo e deseja encontrá-lo para poder partilhar a sua fortuna e a sua felicidade com ele.  
Outro aspecto visível neste livro além do valor da amizade é também as falsas aparências. É possível observar que logo nos primeiros capítulos do livro, a senhora que se encontrava encarregue do orfanato e que por sua vez tratava muito mal as crianças que nele habitavam, tornava-se na pessoa mais carinhosa sempre que o proprietário desse orfanato aparecia. Ela tratava de ser a pessoa mais carinhosa e afectuosa possível. Outro caso que retrata muito bem essa ideia de falsa aparência é quando o senhor Sowerberry (que acolhe por um período de tempo o Oliver para o ajudar no negócio) diz que merece ter um pobre a trabalhar para ele e para o ajudar, visto que dava frequentemente dinheiro aos pobres, ou seja, ambas as personagens são alguém diferente do que realmente são de modo a agradarem a sociedade, independentemente das acções que fazem. A dona do orfanato faz-se de carinhosa e cuidadosa com as crianças e o senhor Sowerberry de caridoso por dar esmola aos pobres, quando depois acaba por querer  um a trabalhar para si.  
Um outro aspecto que me deixou surpreendida foi o facto de o narrador intervir algumas vezes, mas em diálogos não muito relacionados com o livro e com a acção. Por exemplo, no início de um capítulo, o narrador faz uma introdução de uma página sobre mudança de acção nos teatros e dos bobos que costumam animar os espaços vazios quando se está a trocar as cenas e, no final, ele afirma que aquilo que ele acabou de dizer não é muito importante e que é desnecessário, mas que é só para avisar que se vai voltar à terra natal de Oliver. Ou seja, o narrador faz um imenso discurso que ele próprio acha dispensável, só para nos avisar de algo que podia estar no título do capítulo ou de uma forma mais subentendida.
Em suma, é um livro que aparentemente não parece muito cativante, até pela quantidade de desgraças e de problemas que acontecem, mas que nos faz reflectir na vida e na sorte em que temos de podermos ter comida, roupa lavada todos os dias e um carinho de uma família.  

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